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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Pesquisadores vão estudar tsunami


Estudiosos do Rio de Janeiro estão interessados em analisar os efeitos das ondas gigantes no litoral da Paraíba. Foto aérea oblíqua de Cabedelo e João Pessoa

Pesquisadores do Rio de Janeiro (RJ) procuraram o professor Paulo Rosa, coordenador do Grupo de Estudo sobre "Vulnerabilidades e desastres ambientais" do Departamento de Geografia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), para juntos buscarem respostas sobre uma possível catástrofe no litoral paraibano. O contato ocorreu depois de matéria veiculada, com exclusividade pelo jornal O Norte, abordando a possibilidade de João Pessoa ser atingida por um tsunami, caso o vulcão Cumbre Vieja, na Ilha de La Palma, nas Canárias, perto da Costa Oeste da África, entre em erupção.

Segundo o pesquisador, a intenção é buscar formas de prevenção de posse de informações importantes como essa. "Nossa preocupação não é causar pânico, mas alertar o poder público, principalmente, sobre essa possibilidade. O fenômeno existe e fomos alertados pelos ingleses, agora precisamos obter respostas mais precisas do acontecimento", relatou professor Paulo Rosa.

A equipe de pesquisadores espera aprovação pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, de um projeto elaborado por geógrafos da UFPB para começar os estudos sobre a dinâmica marinha na costa pessoense. Com a ajuda de um equipamento denominado marégrafo, que não existe no Nordeste, apenas no Sul e Sudeste do País, os cientistas vão poder chegar a respostas mais eficientes sobre altura exata que as ondas podem chegar caso ocorra o tsunami e avanços do mar, por exemplo.

Em outras ocasiões, o professor Paulo Rosa havia alertado sobre a possibilidade de grandes variações da maré na costa de João Pessoa. Os estudos davam conta de uma série conjunta de alterações nas ondas, o que provocaria derrubada de construções e barracas na Ponta do Seixas. "Estamos observando o litoral paraibano há alguns anos. Desde 1998 ficamos mais atentos com a questão dos deslizamentos que ocorreram na zona do entorno do Farol do Cabo Branco. Depois desse episódio, continuamos a observação da relação do mar com a linha litorânea e observando a tábua de marés, pois acusava para o ano de 2005 uma série de marés com 2.8 de elevação. Nos antecipamos e avisamos aos comerciantes do lugar. Mesmo avisados não foi possível salvar algumas edificações. Barracas como a Palhoça do Seixas que foi a primeira a se instalar nos meados de 1980 e hoje somente tem os vestígios", explicou. A Palhoça do Seixas era a referência dos pesquisadores para encaminhar seus estudos sobre a dinâmica do mar, que sumiu com a ação das correntes marítimas.

A projeção de uma onda gigante, acima de 50 metros de altura, atingindo o litoral brasileiro, especificamente, João Pessoa e destruindo tudo no seu caminho era uma das projeções feitas a partir da reportagem veiculada por O Norte no último domingo. O alerta feito por pesquisadores foi descoberto em 1996 por ingleses que desde então têm mantido parceria com professores da UFPB para estudar os possíveis efeitos caso o vulcão volte à ativa.

Na UFPB, um grupo de pesquisadores foi formado para elaborar estudos sobre vulnerabilidade e desastres. O professor Paulo Rosa tem explicado que ainda não é possível prever quando haverá erupção do vulcão, mas a atividade vulcânica na área é cíclica, a cada 200 anos. O último registrou ocorreu em 1755 e atingiu Portugal.

Fonte: Jornal O Norte por Jailma Simone.

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Para mais informações, pesquisem os sites:
http://www.sabbatini.com/renato/correio/ciencia/cp010831.html
http://www.if.ufrgs.br/spin/2005/spin412/tsunami_cmelo.htm
http://www.iris.edu/seismon/
http://www.meteo.pt/pt/sismologia/actividade/


Agradecemos a colaboração desses sites. E agradecemos antecipadamente àqueles que obtiverem mais informações a respeito e querem compartilhar.


2 comentários:

Anônimo disse...

Professor Paulo Rosa, parabéns por seu estudo inédito na UFPB, e como sempre muito relevante e voltado para a realidade.
Francisco das Chagas Alves

blogdocamalau disse...

Para qualquer tomada de decisão e, em especial no poder publico, há a necessidade se instalar projetos de pesquisa que venha suprir quaisquer lacunas que por ventura existam. Sendo assim, torna-se de extrema importância todos os estudos originados a partir das pesquisas feitas por Geógrafos liderados pelo Professor Paulo Rosa sobre nossa costa, em especial a faixa litorânea que compreende Cabedelo e João Pessoa. Parabéns a todos!