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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Turismo sertanejo valorizado



Roteiros devem explorar pedras existentes em várias partes da cidade. Foto: Conrad Rosa

Apesar do clima marcado por longos períodos de seca, a Região dos Cariris Paraibano começa a ser percebida como um dos maiores potenciais turísticos do Brasil. Os atrativos são encontrados em toda a paisagem sertaneja. Os rústicos artigos de couro, fibras vegetais e algodão, associados à típica culinária regional têm mercado dentro e fora da Paraíba.

O planejamento turístico no Brasil sempre priorizou as regiões litorâneas. A oportunidade agora é revelar aos visitantes as curiosidades e a cultura do interior do País. O homem sertanejo, seus hábitos culturais e suas crenças religiosas integram o cenário turístico do Cariri e formam, juntamente com sua família mão-de-obra indispensável em um projeto de turismo sustentável regional. "O litoral já tem o roteiro conhecido. Agora é o turismo integrado, o regionalizado. Os turistas não estão querendo mais apenas sol e mar, eles vêem o vaqueiro, a rapadura, as pedras e querem conhecer a cultura do povo. O exterior fica encantado com o regionalismo", afirmou Romeu Lemos, Secretário Executivo de Estado de Turismo.

A partir de janeiro, o governo do estado vai implementar um programa para expandir o turismo no Cariri. Será o "Caminho das Pedras". Um roteiro integrado, trabalhando quatro focos: Turismo de aventura, gastronomia, pedras preciosas e arqueologia. O ponto de partida será Campina Grande. "Em janeiro, quando todos vêem para praia, Campina Grande fica vazia e os hotéis são os mais prejudicados. Durante os quatro finais de semana de janeiro, vamos colocar para funcionar o trem do forró para atrair visitantes", disse Romeu.

A estratégia da secretaria executiva de turismo da Paraíba é focar no turismo sustentável. Para isso, o governo do estado vai trabalhar com a produção de eventos e não de festas. "Não somos contra realização de festas com bandas de forró, mas esse tipo de acontecimento não traz renda para a cidade. Quando a gente trabalha com eventos organizados o turista vai para o lugar, consome e deixa dinheiro no comércio, diferente da festa quando os próprios moradores é quem gastam", explicou o secretário.

Romeu Lemos acrescentou que o objetivo do estado é tornar as pequenas cidades em roteiro para visitação rápida. "Elas ainda não têm condições de receber turismo, então vamos trabalhar com uma cidade maior, como Monteiro por exemplo, como polo para hospedagem. As demais incentivaremos as visitas rápidas, como é o caso de Camalaú", concluiu Romeu.

Fonte: jornal O Norte por Jailma Simone


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