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terça-feira, 29 de junho de 2010

Experiência de mapeamento amostral da vegetação - Dendometria


Julio Moraes – Daivson Moreira Garcia

 

INTRODUÇÃO

O presente trabalho de campo consiste em visitar um dos fragmentos de Mata Atlântica no Campus I da UFPB com o intuito de fazer a dendrometria de uma parcela de um octaedro previamente sinalizado pelos monitores da disciplina de Geografia Física Aplicada do curso de Geografia da UFPB. O fragmento visitado pela equipe foi o de número 8 dos dez existentes no Campus I da UFPB.

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo enumerar, medir o diâmetro e aferir a altura dos indivíduos vegetais nos fragmentos de Mata Atlântica, buscando identificar a possível faixa etária dos indivíduos desse fragmento por meio de uma parcela amostral da vegetação.

MATERIAL

O material utilizado para o levantamento foi uma trena de 20m, um paquímetro, um clinômetro artesanal, papel milimetrado, lápis, régua, transferidor escolar de 360°, bússola e ficha de campo para preenchimento dos dados. Após a coleta dos dados em campo, utilizamos um software de desenho CAD e planilhas do Excel para a quantificação dos dados recolhidos e criação de gráficos com os dados obtidos.

LOCAL

O local escolhido, fragmento de número 8, fica localizado próximo ao campo de futebol da UFPB e também da entrada do Castelo Branco. Seguimos por uma trilha e logo na entrada pudemos constatar alguns resíduos sólidos como garrafas pet, sacos plásticos e embalagens diversas, denotando a presença de pessoas no local. Também observamos um grande tronco caído na trilha e alguns troncos caídos nas proximidades não aparentando terem sido derrubados por ação antrópica. Nas bordas da trilha de acesso medimos algumas vezes a profundidade da serrapilheira que variava de 5 a 10 cm. Não observamos plantas exóticas durante o percurso, e chegando ao octaedro iniciamos a coleta dos dados. (Figura 1)


 Figura1 - Localização do fragmento no campus

DESENVOLVIMENTO

Iniciamos os procedimentos de medição com a intenção de obtermos as dimensões da nossa área de estudo começando pelo azimute a partir do indivíduo determinante até uma das vértices e medindo a distância entre os pontos. Em seguida, prosseguimos com os azimutes e distâncias entre as outras vértices, desenhando no papel milimetrado em escala 1:100 onde cada centímetro no papel equivale a um metro no campo. Partindo do indivíduo determinante no rumo 220° da bússola andamos 14,8m até a primeira vértice onde mudamos o rumo para 100° e atingimos a segunda vértice a 14,5m, em seguida viramos para o rumo 340° até atingirmos o determinante a 14,5m. A parcela pesquisada possui 92,2m² de área. O croqui desenhado no papel milimetrado (FIGURA 3) foi feito na escala 1:100, facilitando assim a inserção dos pontos de localização de cada indivíduo. Com o auxílio do paquímetro foram colhidas as espessuras dos indivíduos e posteriormente fizemos a medição da altura com o clinômetro artesanal. Após o término do levantamento, o croqui resultante foi digitalizado e a imagem JPG utilizada como raster no AutoCAD 2006 para a vetorização. Junto com os dados quantificados e trabalhados em planilhas de Excel e os desenhos feitos no AutoCAD foi possível construir um modelo gráfico representando a parcela em estudo.

 Figura 2 - Coleta de dados: medição de altura e espessura dos indivíduos vegetais. Foto: Geysa Suênia (abril/10)

 Figura 3 - Croqui feito em campo em papel milimetrado

 Figura 4 - Estatura dos indivíduos

 Figura 5 - Espessura dos indivíduos

   Tabela com dados de cada indivíduo




CONCLUSÃO

O fragmento em estudo, por estar cercado pela urbanização, sofre com as conseqüências das ações antrópicas, seja pelo lixo jogado nela ou pela circulação de pessoas no seu interior. É possível observar clareiras em alguns pontos e no próprio interior da parcela, bem como trilhas de caminhadas. Observando os gráficos apresentados acima podemos constatar que a maior parte dos indivíduos da parcela estudada são jovens. Os indivíduos de menor estatura bem como os de menor espessura estão presentes em maior número. Foi possível também observar diversos indivíduos vegetais com menos de 1m de altura em maior quantidade próximo ao determinante e em menor quantidade próximo da trilha que corta a parcela.


REFERÊNCIAS

BARROS, Maria José Vicente de - ESTRUTURA DAS FORMAÇÕES VEGETAIS NA RESERVA BIOLÓGICA GUARIBAS – PB – Monografia apresentada e aprovada em 16/05/2002 – UFBP – CCEN – DGEOC.

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