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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Relatório de Campo


Atividade de campo realizada no dia 22 de novembro de 2009 pela equipe do Labema. O objetivo do trabalho foi observar o processo de modelagem do relevo no cariri paraibano, verificando sua intensidade através da ação da água no solo.

Iniciamos com uma instrução básica com a bússola sobre orientação no campo. Após esse treinamento, realizamos a medição da área da ravina (erosão do solo através da ação da água gerando buracos), no qual utilizamos o procedimento de colocar vários pontos (piquetes) em suas margens, numa distância estabelecida de 30 centímetros da borda. Cada ponto foi escolhido de acordo com o grau de intensidade de erosão e pela diferença de perfil contínuo da ravina. Em seguida, localizamos cada ponto em graus com o auxílio da bússola e medimos a distância em metros entre cada ponto com uma trena através do procedimento de levantamento por caminhamento (levantamento de área usando um ponto inicial - estaca zero). A partir deste ponto estabelecem-se outros e, utilizando a bússola como orientadora, adicionamos mais pontos ao longo do percurso a ser calculado, usando os piquetes como estação zero e pontos. Depois, foram escolhidos dois pontos mais erodidos para medirmos a distância entre eles transversalmente e a altura do ponto central para calcular a quantidade perdida de sedimentos naquele local.


Ravina. Foto: Rabá Sousa

Percebemos que a região possui um clima semi-árido com predominância do intemperismo físico representado pela dilatação térmica das rochas, recristalização de sais e alívios de pressão, o que desintegra as rochas e deixa o solo suscetível à erosão.


Erosão esferoidal em granito. Foto: Rabá Sousa

Estes solos são classificados como jovens devido a presença de minerais como quartzo e feldspato e possui uma vegetação com característica arbustiva.




Solo e vegetação da caatinga. Foto: Rabá Sousa


Estes fatores se articulam com as chuvas torrenciais formando um fluxo de água intenso, gerando canais de escoamento superficiais que vão erodindo o solo, retirando grandes quantidades de sedimentos que são transportados de um local de considerável declividade para uma área mais plana (planuras), configurando uma busca do equilíbrio de energia.
Obs: locais de alta declividade sofrem erosão e locais de baixa declividade sofrem deposição.


Canal de escoamento. Foto: Rabá Sousa


Fizemos uma trilha para observar a paisagem, localizar e plotar pontos no GPS, para que no próximo trabalho de campo possamos localizar esses mesmos pontos e fazer comparações.


Caminho a ser percorrido. Foto: Rabá Sousa


Ponto 1 Início da Trilha.
Ponto 2: Observamos uma micro bacia com diversos canais de escoamento superficiais convergindo para um único ponto (riacho intermitente);


Microbacia. Foto: Rabá Sousa

Ponto 3: Leito do rio com material mal selecionado, agente transportador com grande força de atuação;


Leito do rio. Foto: Rabá Sousa


Canal do rio. Foto: Rabá Sousa
 

Ponto 4 : Margem esquerda do açude: canal de escoamento com declividade suave. Em determinado ponto encontra-se planura meandrificando-se representando a diminuição da força de erosão, ou seja, os sedimentos do local apresentam granulometria mais selecionada, configurando uma área de deposição. Em oposição, a margem direita apresenta alta declividade e rugosidade acentuada.


Planura com deposição de sedimentos. Foto Rabá Sousa
 

Ponto 5: Várzea (planície flúvio aluvial/área inundável) é uma área propícia a agricultura. Os sedimentos encontram-se bem selecionados e o teor de umidade do solo é alto com presença de argila e silte. No local, estavam construindo uma barragem subterrânea que representa um vazo comunicante entre o açude e a barragem, o qual o nível de água do subsolo da barragem acompanha a variação do nível de água do açude.


Várzea do rio. Foto: Rabá Sousa

 
Barragem subterrânea. Foto Rabá Sousa

Relatório escrito por Diego Valadares e Rabá Sousa


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