INTRODUÇÃO
A maior fonte de erro no posicionamento por ponto com o GPS era devida à técnica SA (Selective Availability), desativada às 04 horas TU de 02 de maio de 2000. Essa técnica consistia da manipulação das efemérides transmitidas e desestabilização sistemática do oscilador do satélite, deteriorando as coordenadas e os relógios dos satélites para usuários que utilizavam o código C/A para obter medidas da pseudodistâncias. Nestas condições, o posicionamento instantâneo de um ponto apresentava precisão horizontal, vertical e de tempo, de 100 m, 156 m e 340 ns, respectivamente, com nível de confiança de 95%. Atualmente, com a desativação da SA melhorou-se cerca de 10 vezes a precisão do posicionamento GPS (MONICO, 2000).
Os sinais GPS, no seu caminho entre o satélite e a antena da estação de rastreio, propagam-se na atmosfera dinâmica, atravessando camadas de diferentes naturezas e estados variáveis. Assim sendo, sofrem diferentes tipos de influências, que podem provocar variações na direção e velocidade de propagação, na polarização e na potência do sinal (SEEBER, 1993). Esse meio de propagação compreende, basicamente a troposfera (até 50 km) e a ionosfera (50 - 1000 km), com características bem diferentes. A troposfera, para freqüências abaixo de 30 GHz, comporta-se como um meio não dispersivo, ou seja, a refração é independente da freqüência do sinal transmitido, dependendo apenas das propriedades termodinâmicas do ar. A ionosfera, como um meio dispersivo, afeta a modulação e a fase da portadora, fazendo com que sofram, respectivamente, um retardo e um avanço (Leick, 1995).
O objetivo desta monografia é mostrar o uso de um GPS de navegação modelo garmin em comparação a um modelo L1 e a realização do pós-processamento dos dados obtidos. As coordenadas obtidas foram comparadas com as coordenadas verdadeiras para avaliação da acurácia obtida.
FUNDAMENTAÇÃO CONCEITUAL
Limiares
Diferenças
MATERIAL E MÉTODOS
Verificou-se o horário com PDOP´s mais adequado para o rastreamento dos satélites. O horário de início foi as 09:45 e o término foi as 10:25. Foram utilizados os equipamentos Garmin GPS 60CSx e um par de GPS Ashtech modelo Promark2.
A experiência foi elaborada da seguinte maneira:
Iniciou-se a missão acoplando os GPS Ashtech Promark2 nas respectivas antenas para um servir como ponto base coletando os dados para posterior correção e o outro foi usado juntamente com o Garmin GPS 60 CSx no modo de coleta manual, onde em cada ponto de coleta de dados foi registrado por 30 Segundos os dados informado pelos Satélites no Ashtech Promark2 e posteriormente o registro com o GPS Garmin naquele instante. Foi utilizado o Software freeware GPS trackmaker para captura dos dados do Garmin.
Denominou-se Col 1 a coleta dos pontos numa primeira fase e de Col 2 a coleta numa segunda fase, cujo intervalo de tempo foi de aproximadamente de 02 minutos.
Este marco foi utilizado como base e nas coletas foi denominado de BASE.


RESULTADOS E DISCUSSÃO
Imbuídos dessa premissa efetuou-se comparações para saber o comportamento dos resultados dos dois aparelhos em levantamentos elementares.
O primeiro resultado obtido, por ordem hierárquica de confiança, foi o da comparação das medidas do próprio ponto principal, já conhecido previamente, o qual denominou-se de BASE. Esse ponto é uma RN (Referência de Nível) da PMJP (Prefeitura Municipal de João Pessoa).
No processamento foi utilizado o valor do RN como referência e um ponto de controle de visada foi utilizado (Figura 02) para que comparações entre o ajuste pudessem ser feitas. Tanto com ajuste como sem ajuste os resultados flutuaram em torno de 1m. As comparações não foram feitas comparações no eixo altimétrico.
Não foram efetuadas comparações utilizando o Garmin 60CSx em relação à BASE, posto que esse ponto serve apenas de referência para o processamento dos dados da L1. Para o início das comparações entre os dois aparelhos o ponto de referência utilizado foi o ‘COLETA’ (col 1 e 2).
Os valores resultantes das coletas com L1 passaram a ser a referência para se comparar os resultados do levantamento com o aparelho Garmin 60CSx.
No dia da coleta o PDOP se encontrava em torno de 2.7 resultando num erro médio na coleta do aparelho Garmin entre 5 e 7 metros. Este erro permite que o valor apresentado esteja inserido num raio aproximado dentro desse erro.
Para melhor compreender essa situação, na Figura 3 observa-se a dispersão dos valores entre os aparelhos. Os dados da L1 se mantêm coesos, ou seja, a diferença entre uma coleta e outra não afeta veemente o resultado, enquanto que o Garmin se torna mais suscetível às flutuações apresentando dados mais dispersos, ou seja, com grandes diferenças entre uma tomada e outra.

Como a subida e descida de tais valores não se mantêm fixas nas coletas com o Garmin, ou melhor, crescentes do levantamento 1 para o 2, haja vista no levantamento dois, por exemplo, ter sido observado a diminuição do erro no ponto BP07, valor 25,544 em X donde na coleta 1 foi de 35,249, fica difícil explicar uma causa para tal ocorrência, entretanto a tendência crescente dos erros entre a coleta 1 e 2 parecem ter aumentado na segunda coleta que foi efetuada poucos minutos após a coleta 1, podemos inferir elementarmente que o sol encaminhando-se para o zênite pode ser um fator para diminuição da qualidade do sinal captada no Garmin 60Csx. Mas seriam necessárias maiores coletas em condições similares para afirmar com mais rigor se essa hipótese é ou não procedente. Podemos dizer que esta observação se mostra mais proeminente no Garmin CSx do que na coleta com a L1 a partir dos resultados vistos na Figura 8, pois se vê que a diferença do erro médio, tendo como referência a coleta 1 de cada aparelho, mantêm-se pequena nos dados da L1 enquanto que no Garmin 60CSx os valores são de 8 vezes e 6 vezes superiores em X e Y respectivamente, vide Figura 4 em que são mostradas as dispersões de um equipamento e do outro.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLFUSS, Olivier. A análise geográfica. Trad. Heloysa de Lima Dantas. São Paulo: DIFEL, 1973. Col. Saber Atual.
LEICK, A.. GPS satellite surveying. 2º.ed. New York: John Wiley & Sons, 1995. 560p.
MONICO, João Francisco Galera. Posicionamento pelo NAVSTAR-GPS: descrição, fundamentos e aplicações. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
SEEBER,G .:Satellite Geodesy:Foundations,Metods and Applications.Berlin -New York,2003.
Ashtech Corporation www.ashtec.com Manual Reference of Promark2.
Garmin Corporation www.garmin.com Owners Manual Reference of GPS60CSx;
Trimble Corporation www.trimble.com Manual Operation Software Planning.
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